Lembro que quando fiz o primeiro tratamento, conversei com uma moça na recepção da radioterapia, e ela me disse que tinha tido uma recidiva e estava ali tratando pela segunda vez. Fiquei dias pensando em como deveria ser difícil enfrentar tudo de novo. Nem me imaginava enfrentando o câncer cara a cara mais uma vez. Tinha certeza que quando a última sessão de radio terminasse, eu viraria a página e tudo voltaria ao normal.
E o que é normal?
Uma amiga querida, que lutou bravamente dos dezesseis aos vinte e sete anos contra o câncer, me disse quando soube que eu estava na terceira recidiva: "Essa é a nossa vida amiga... Sempre combater o bandido!" Nessa ocasião ela estava não sei lá em qual metástase...
E assim, os embates foram vindo e a gente enfrentando. Hoje quando olho para trás, vejo o quanto tenho sido forte, pois pra quem não imaginava passar por tudo de novo, encarar o medo pela quarta vez é algo extraordinário.
E na caminhada a gente aprende que a força vem de acordo com a necessidade. Que Deus nos ampara para lutarmos pelo que é mais importante: a vida! Fácil?! Não... não é mesmo... Quem vive essa rotina de médico, exame, quimio, radio e etc., sabe que é para poucos.
E de mais a mais, temos que manter o sorriso, a esperança, a força e a fé. O câncer não gosta desses elementos e aí com a presença deles, logo ele vai embora!
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